quarta-feira, 2 de outubro de 2013

"Sem Trigo, Sem Barriga" de DR. WILLIAM DAVIS


Depois de muito ginásio sem grandes resultados em termos de perda da peso, percebi que teria que lutar também a nível alimentar. 
Sempre fui daquelas pessoas sôfrega por doces.  Podia portar-me bem o dia todo e comer um grande doce depois do jantar ou acordar de noite e acabar-me na Nutella e tudo isto, em grandes quantidades.
No ginásio há uma senhora que faz uma alimentação sem trigo, que me falou do livro "Sem Trigo, Sem Barriga" do DR. WILLIAM DAVIS. Ela disse-me que, desde que iniciou essa dieta, tem controle absoluto sobre a fome, inclusive tem que se obrigar a comer e sente-se muito mais saudável.
Fui logo comprar o livro e tanto eu como meu marido deixamos de comer alimentos que tivessem trigo na sua composição. Isto porque a argumentação que li me pareceu muito convincente.
O livro revela que boa parte dos malefícios causados pelo trigo tem como origem as alterações genéticas pelas quais o cereal passou nos últimos 50 anos. O autor explica que para aumentar a produtividade e a resistência da planta à seca e às pragas, a ciência tratou de realizar uma série de cruzamentos e modificações genéticas nas linhagens. O que pouco se questionou foram os efeitos dessas novas propriedades sobre a saúde humana.
Entre eles, William Davis cita os picos exagerados de açúcar no sangue, que acionam ciclos de saciedade alternados com um aumento do apetite, uma das principais justificativas para a formação da típica barriga que dá nome à obra. Segundo William, a elevação do nível de glicose repetidas vezes ao longo de períodos constantes culmina com a deposição de gordura principalmente no abdômen.  Para se ter uma ideia, o autor garante que o consumo de duas fatias de pão integral aumenta mais a taxa de glicose no sangue do que duas colheres de sopa de açúcar branco.
Por estas e mais algumas razões explicadas no livro, decidi tentar e de facto, perdi rapidamente cerca de dois quilos.  Mas como o livro tem apenas algumas sugestões de como nos devemos alimentar no dia a dia, que nem sequer estão adaptadas à realidade Portuguesa,  comecei a comer doces que não tinham trigo, estilo mouse,  baba de camelo e assim. Não voltei a ganhar peso mas também não perdi mais, e assim fiquei "encalhada" nos 68 Kg. Estou em crer que muito da perda de peso se deva ao facto de a nossa alimentação ser extremamente rica em produtos feitos com trigo. Fiquei impressionada com a quantidade de "porcaria" que eliminava da minha vida ao eliminar o trigo, desde bolos de pastelaria, bolos em geral, salgados, fritos, etc., o resultado só podia ser esse não fosse eu descontar noutro tipo de doces. E assim lá estagnei eu mais uma vez... :( Mas tinha a certeza que o caminho era por aqui, só tinha que ter um bom plano para levar esta ideia do sem trigo para a frente.











segunda-feira, 16 de setembro de 2013

O meu Passado...

O peso nunca foi uma preocupação para mim ao longo dos anos. Sempre fui relativamente magra embora nunca tenha gostado do meu corpo, mas isso devido ao formato dele, não ao peso.
Quando sentia que engordava, "portava-me bem" durante uns dias, não comia doces e outras coisas do género e rapidamente voltava ao meu peso.

Eu na época de 90


Em 1998, quando fui mãe pela primeira vez, engordei 22 Kg no decorrer da gravidez que, após o nascimento da minha filha, perdi com muita rapidez. Na altura tinha 25 anos acabados de fazer.
Os anos foram passando e o meu peso foi variando, mantendo eu uma média de 55Kg para uma altura de 1,56Cm. 

Tudo isto sem praticar quase exercício nenhum excepto, durante cerca de um ano em que fazia caminhadas de meia hora entre o trabalho e o autocarro, depois parei um ano e voltei a andar mais um ano na praia com caminhadas que variavam entre meia a uma hora.
Em 2007 engravido novamente. Nessa altura já estava fora do meu peso normal -  estava com 58Kg e, no final da gravidez  (Abril 2008) voltei a ganhar cerca de 20 Kg a mais.


Entretanto, e como tenho uma loja, a minha princesa mais nova ia trabalhar comigo todos os dias até ter a idade de um ano. Era muito puxado para mim, entre atender clientes, limpar a loja, tratar da contabilidade e burocracia, etc... e tudo isto com uma bebe a cargo que implica, dar atenção, brincar, mudar fraldas, dar comida (que levava pronta de casa) de 3 em 3 horas, birras, etc... pouco sobrava para mim. Em consequência comia tudo o que me aparecesse pela frente, principalmente comida processada e muitoooos doces. 
Para piorar, eu deixei de fumar na gravidez. Eu que era extremamente viciada no cigarro, que fumava desde os doze anos de idade sem interrupções (sim, sei que é uma grande vergonha, mas fumei na minha primeira gravidez). Ao deixar de fumar, substitui o cigarro por comida.  Por exemplo,  antes quando acabava de almoçar, fumava. Depois quando acabava de almoçar, comia! E era só porcaria... chocolates, doces, bolachas, coisas do género.
Certo dia, quando a minha princesa mais nova já tinha um aninho, estávamos todos em casa com um amigo quando ele decidiu pesar-se na balança e viu que pesava 74 Kg. Ficou chocadissimo porque, segundo ele, nunca tinha estado tão gordo. Eu, que já não me pesava há bastante tempo, decidi subir em cima da balança e, qual não é o meu espanto, pesava os mesmos 74 Kg, sendo eu mulher e bem mais baixa que ele. Foi um verdadeiro abrir de olhos para mim.

Aqui está Lu  e eu com os meus 74 quase 75 Kg no seu primeiro aniverário

Investi nas caminhadas, comecei a fazê-lo na praia e a tentar fechar um pouco a boca a porcarias. Andei durante um ano, uma média de uma hora por dia, menos ao fim de semana. Progressivamente fui perdendo o meu peso.  
Nos entretantos, fui operada duas vezes ao colo do útero num procedimento chamado conização, por lesão causada por HPV,  uma no final de 2008 e outra em Julho de 2009.  Acabou por correr tudo bem à segunda operação, ficando eu sujeita a controle médico duas vezes ao ano. Optou-se por manter o útero por desejo meu de ter um terceiro filho.
Após um ano de caminhadas, fui para o ginásio que frequento até hoje. Durante muito tempo mantive uma hora (às vezes hora e meia) de cardio e mais cerca de meia hora de musculação.  Em Dezembro  de 2009 estava com 62 Kg (havia conseguido secar 12 Kg) e corria 55 minutos seguidos na passadeira. 
Estava quase como eu queria.
Durante esse periodo recorri a certas ajudas como suplementos de CLA e até mesmo ao medicamento ALI.
De repente a minha saúde foi abalada novamente e descobri ter um cancro na mama esquerda. 
Em inicio de Fevereiro de 2011 comecei 7 meses de tratamentos de quimioterapia, seguidos de operação conservadora para retirada do "dito cujo",  mês e meio de sessões diárias de radioterapia, e Imunoterapia.
1º Ciclo de Quimioterapia a 21 de Fevereiro de 2011

8º e último ciclo de Quimioterapia em 28 de Julho de 2011


Com a graça de Deus e, com a ajuda de profissionais fantásticos, bem como o apoio incondicional de amigos e família, consegui vencer o cancro. Na sequela perdi o meu sonho de ter o meu terceiro filho uma vez que fui forçada a retirar os ovários e a entrar em menopausa (meu cancro era hormonodependente).  Apenas consegui manter o ginásio durante os primeiros quatro meses de quimioterapia e para piorar, no meu caso, ao comer gorduras e doces, aliviava o enjoo causado pelos tratamentos. Isto aliado à menopausa forçada, que com toda a certeza, terá feito o meu metabolismo abrandar, fez com que eu, em 2012 estivesse com o peso novamente a bater no meu máximo de 74 Kg.


Como não sou de baixar os braços, voltei para o meu ginásio mas até aos dias de hoje, apesar de me matar no ginásio e de tentar estratégias de exercício diferentes (a uma dada altura deixei de fazer máquinas e, depois do cardio, fazia exercícios de ginastica que moldaram muito, e para melhor, o meu corpo),  consegui chegar apenas aos 68 Kg.

É aqui que eu entendo que o meu corpo está diferente e não basta fazer uma abordagem a nível do exercício físico. Teria que aliar os exercícios a uma dieta rigorosa que me fizesse perder peso duma forma consistente, progressiva e acima de tudo duradoura. 
Estou então à procura de um novo estilo de vida, mais saudável a todos os níveis. 
Aqui começa o  meu diário desta nova luta na minha vida.
Já vou na terceira semana da dieta há séria mas, como ando sempre na correria, todos os posts que pretendia ter feito diariamente, estão mais que atrasados.